sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Silêncio










Deveria ter escrito, mas o tempo passou e se tornou óbvio
Eu me calei, porque já não havia o que ser dito nem ouvido
Assim não faltou tempo nem um amor silencioso

Com o vento, a propulsão das penas de uma gaivota
As levaram pra um lugar mais longe
Contudo não demora à passar a hora
Em que o tempo e o espaço vão embora
E os livros são comidos pelos micróbios da poeira

Em 2050 não haverá mais planeta
Assim como a exatidão do amanhã:
Nada é real

À morango